Vitória (Emily Blunt) é uma jovem que se sente como “uma peça de xadrez em um jogo contra a sua vontade”. Isso deve-se ao fato de que Vitória não é uma jovem qualquer: é a herdeira do trono inglês. Uma princesa, mas que nada tem haver com as princesas dos contos de fadas.
Desde criança sua vida é regrada pelas rígidas “Regras de Kensington” que a praticamente impede de viver sozinha. Sua mãe (Miranda Richardson) e o seu companheiro, John Conroy (Mark Strong), cuidam de sua vida, mas com único objetivo de fazer com que Vitória assine o termo de regência passando o poder de governar a Inglaterra para eles.
Mas Vitória, como toda jovem de sua idade, parece não atender bem autoridades e mostra-se desde já uma mulher com determinação, decidida a tomar para si grandes responsabilidades.
Aos 18 anos assume o trono inglês. O filme de Jean-Marc Vallée retrata os primeiros anos de reinado da rainha Vitória. Mostrando sua imaturidade política, em virtude de seu apoio ao primeiro ministro, lorde Melbourne, cria uma crise constitucional. No entanto dentro dessa turbulência floresce um grande amor. Vitória apaixonasse por seu primo Alberto de Saxe-Coburgo-Gota (Rupert Friend).
É no contexto amoroso que o filme mostra para que veio. Jean-Marc Vallée quer contar a história de amor entre Vitória e Alberto. Dessa forma deixa de lado fatos importantes da época e que marcaram a Era Vitoriana. Para saber mais, fiz uma analise histórica do filme, confira meu texto no blog Cinema & História: http://historiaecinema2.blogspot.com/2011/04/jovem-rainha-vitoria.html
A Jovem Rainha Vitória possui todas as características de filmes sobre a realeza. Locações belíssimas de palácios e jardins. Um esmero de direção de arte e figurino. Mas diferentemente de outras produções mais recentes, que exploram sexualidade e disputa de poder, o filme de Jean-Marc Vallée concentra-se todo na história de amor vivida por Vitória e Alberto.
Mas o amor é contido demais, tímido até para a idade dos jovens. Mas que ganha charme no filme. A troca de cartas que faz alimentar a paixão de ambos até a cena em que Vitória pede Alberto em casamento mostra algo que era incomum para a união de príncipes e princesas: o amor. Num universo onde o casamento era acordo político, Vitória, já rainha, decide casar movida pela paixão que sentia por Alberto.
Emily Blunt e Rupert Friend interpretam um casal apaixonado que se une em momentos de turbulências e apesar de brigas mostram-se sempre enamorados um pelo outro.
A Jovem Rainha Vitória é um filme belo de ser ver. A trilha composta por Isla Eshkeri merece destaque e o filme, indicado a três Oscars, ganhou merecidamente, na categoria de melhor figurino. Para aqueles que gostam do gênero de filmes sobre a vida de monarcas A Jovem Rainha Vitória é um filme imperdível.
título original:The Young Victoria
gênero:Drama
duração:1 hr 45 min
ano de lançamento: 2009
estúdio: GK Films
distribuidora: Sony Pictures Entertainment (EUA) / Europa Filmes (Brasil)
direção: Jean-Marc Vallée
roteiro: Julian Fellowes
produção: Sarah Ferguson, Tim Headington, Graham King e Martin Scorsese
música: Ilan Eshkeri
fotografia: Hagen Bogdanski
direção de arte: Paul Inglis, Chris Lowe e Alexandra Walker
figurino: Sandy Powell
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