Criticando

Criticar se resume apenas em falar mal? Não! Mas no consenso geral os críticos são aqueles que parecem se divertir em apontar cada falha ao invés de destacar qualidades. Mas não é bem assim. Criticar algo é um exercício de percepção que deve ser livre de preconceitos de qualquer gênero.

E quanto a criticar filmes? Acima de tudo, criticar filmes deve ser uma paixão e uma vontade de expor mais do que a imagem nos mostra, mas o que ela nos faz sentir. Criticar não é apenas usar palavras técnicas e reforçá-las no seu sentido denotativo, devem ser também carregadas de sentimento.

E a imparcialidade? Quem é imparcial? pergunto. Nada está livre do toque autoral ou pessoal, nem mesmo ao fazer uma critica de um filme que nos mexeu tanto positivamente quanto negativamente conseguimos a tal da imparcialidade.A crítica também está relacionada ao gosto. Nenhuma critica será unânime, mas pode ser compartilhada e deve ser respeitada.

O crítico não deve ser visto como aquele cara ranzinza, mal amado por apenas escrever sobre o lado ruim dos filmes que critica. Por isso acima de tudo procuro fazer criticas simples que possam transmitir o que senti ao assistir cada filme. Claro, levando em consideração os aspectos técnicos presente em cada obra que ajudam, ou não, no enredo do filme.

Então criticar não é apenas apontar o ruim, mas também deve ser uma exposição dos sentimentos proporcionados pelo filme, bons ou não. Acima de tudo, pretendo fazer da critica um exercício tão agradável quanto assistir a um filme.

O exercício da critica era um desejo antigo que ganhou corpo logo após eu ter realizado o curso de Crítica Cinematográfica pela Caiana Filmes. Curso ministrado por Marco Antonio Moreira, membro da Associação de Críticos de Cinema do Pará.